Os temas dos emigrantes e dos fugitivos são recorrentes na obra de Daumier, que os tratou a partir de 1848 em diversos suportes, sempre com efeitos extremamente dramáticos de modelado e claro-escuro, que tendem a
confundir cada figura em ondas sucessivas de massas em deslocamento.
Um desenho com essa composição encontrava-se, em 1958, na coleção Claude Roger-Marx, em Paris (Lassaigne, fig. 112). Sabe-se que o artista modelou duas versões de
Os Emigrantes, uma em cera e outra em terracota, tendo essa última ficado em posse de seu amigo, o escultor Victor Geffroy-Dechaume. Antes da morte do artista, Geffroy-Dechaume fez uma versão em gesso de cada uma delas e, após
sua morte, foram tirados cinco gessos da segunda versão. Sucessivamente, a fundição Clémenti realizou duas edições em bronze, enquanto cinco outras foram feitas por Siot Decauville e ainda sete por Georges Rudier,
sempre a partir desta segunda versão. Uma versão em bronze feita a partir do gesso de Geffroy-Dechaume foi colocada a venda na Sotheby’s de Nova York em 26 de maio de 1994 (lot. 83). Outras edições pertenceram às
coleções Roger-Marx e Gerstenberg, em Berlim (Fuchs, n. 172b). Além disso, há um relevo em metal (32 x 71 cm), conservado em coleção particular, e dois relevos em bronze igualmente intitulados
Os Emigrantesno Nationalmuseum de Estocolmo (inv. 2251) e na Ny Carlsen Gyptotek de Copenhague.