MASP

Carolina Caycedo

Raimunda Gomes da Silva, Minha linhagem feminina brasileira de luta, da série Genealogia da luta, 2018-19

  • Autor:
    Carolina Caycedo
  • Dados biográficos:
    Londres, Inglaterra, 1978
  • Título:
    Raimunda Gomes da Silva, Minha linhagem feminina brasileira de luta, da série Genealogia da luta
  • Data da obra:
    2018-19
  • Técnica:
    Nanquim sobre papel
  • Dimensões:
    30,5 x 23 cm
  • Aquisição:
    Doação da artista, no contexto da exposição Histórias das mulheres, histórias feministas, 2019
  • Designação:
    Desenho
  • Número de inventário:
    MASP.10917
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega

TEXTOS



Carolina Caycedo insere sua prática artística no campo social ao investigar a atuação de mulheres em movimentos político-ativistas e processos de resistência comunitária a impactos ambientais causados por projetos desenvolvimentistas, como a construção de barragens e a privatização da água. A artista opera de modo colaborativo e coletivo, reunindo muitas vozes em consonância, que se manifestam através de performances, vídeos, desenhos, fotografias e instalações. Filha de pais colombianos, Caycedo tem desenvolvido extensa pesquisa em contextos latino‑americanos por meio do envolvimento cotidiano com grupos sociais atravessados pelo trauma e o descaso com o direito democrático ao meio ambiente e à moradia. Em Minha linhagem feminina da luta (2018-2019), a artista traz um extenso agrupamentos de retratos em desenho de mulheres ativistas. Encontramos militantes de diferentes países do mundo e do Brasil; nos versos, as histórias de cada retratada. Dentre elas, a vereadora Marielle Franco (1979-2018), brutalmente assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018, crime que esta semana completa três anos ainda sem resposta. O trabalho é parte da série Genealogia da luta e invoca a visibilidade e legitimação de nossa memória histórica e ambiental. Os retratos realizados pela artista instauram a força contida nos rostos de dezenas de mulheres assassinadas, violadas, ameaçadas ou criminalizadas, construindo, assim, uma genealogia feminista ancestral, de luta e consciência política.

— Beatriz Lemos, mestre em história, PUC-RJ, 2019

Fonte: Instagram @masp 16.03.2021 apud Adriano Pedrosa, Isabella Rjeille e Mariana Leme (orgs.), Histórias das mulheres, Histórias feministas, São Paulo: MASP, 2019.



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