MASP

Introdução à arquitetura moderna brasileira

Horário
19H-21H
Duração do Módulo
ONLINE
17, 24.6 e 1, 8, 15.7.2020
QUARTAS
(5 aulas)
Investimento
Público geral
5x R$ 48,00
Amigo MASP
5x R$ 40,80
*valores parcelados no cartão de crédito
Professores
Denis Joelsons 
A arquitetura moderna brasileira foi a primeira de nossas artes a projetar o país em uma posição de protagonismo internacional, antes que a bossa nova ou o futebol o fizessem. Original, nosso modernismo afirmou-se cotejando as tradições locais, divergindo da corrente dominante europeia que propunha uma ruptura radical com o passado. A peculiaridade da arquitetura brasileira fez com que a mesma fosse vista como a primeira manifestação nacional e moderna, visão sustentada na exposição Brazil Builds (MoMA, NY 1943) e retomada décadas mais tarde, quando o modernismo internacional apresentava sinais de esgotamento, e críticos como Siegfried Giedion apostaram na arquitetura brasileira como uma fonte de renovação. O entusiasmo deste curso parte da experiência singular de Brasília, manifestação apoteótica de uma “síntese das artes”, nas palavras de Mário Pedrosa. 

Se a narrativa é dominada por cariocas como Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, a construção da arquitetura moderna em São Paulo se dá sem o mesmo respaldo do estado e pelas mãos de arquitetos imigrantes como Gregori Warchavchik e Lina Bo Bardi. Posteriormente, a consolidação da chamada ‘escola paulista’ - que tem em Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha seus principais expoentes - se dá em meio à desilusão com a experiência de Brasília, através de obras de que internalizam as contradições da modernização brasileira.
 

Planos de aulas

Aula 1 – 7.6.2020 
Lúcio Costa e Gregori Warchavchik 

Esta aula apresenta as primeiras experiências modernas no país, tomando como base a atuação de Lúcio Costa no Rio de Janeiro – mais afeito à tradição colonial, e as primeiras obras do imigrante Gregori Warchavchik, ligado à vanguarda europeia.

Aula 2 – 24.6.2020
Oscar Niemeyer 

O grupo de jovens cariocas formado por Lúcio Costa para a construção do Ministério da Educação e Saúde Pública (1936), que contou com a vinda de Le Corbusier, se desenvolve e consolida a imagem de um modernismo brasileiro no mundo. A aula será centrada na obra de Oscar Niemeyer, figura de destaque.

Aula 3 – 1.7.2020
Lina Bo Bardi 

Sem uma presença tão marcante do estado e mais próxima do mercado, a produção do modernismo paulistano é enriquecida pela vinda de arquitetos imigrantes. Entre Rino Levi, Franz Heep, Daniele Calabi e Giancarlo Palanti este encontro se dedica principalmente à obra de Lina Bo Bardi.

Aula 4 – 8.7.2020
Brasília 

Brasília congregou o esforço do país como um todo na tentativa de forjar a unicidade de uma nação. A arquitetura de Brasília é a expressão máxima de um novo padrão estético que marcaria a esfera cultural brasileira para sempre.

Aula 5 – 15.7.2020
Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha 

A última aula trata da desilusão com o projeto nacional engendrado em Brasília e com o acirramento das contradições nacionais devido ao golpe militar de 1964. Através de obras de escala significativamente menor do que as realizações de Niemeyer e Costa, as construções autocentradas de Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha incorporam o lado trágico do desenvolvimentismo.

Coordenação

Denis Joelsons é arquiteto e ensaísta, autor do livro Arquitetura e Luto na obra de Adolf Loos (Annablume, 2019), mestre em História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP, 2017), lecionou no projeto arquitetônico na FAUS – Unisantos (2018-19). Integrou as equipes de curadoria e pesquisa da X Bienal de Arquitetura de São Paulo (2013), e da exposição The Insides are on the Outside (2012), centrada na obra de Lina Bo Bardi. Colaborou com diversos escritórios de arquitetura de São Paulo e, desde 2014, mantém o seu próprio.

Conferencistas