MASP

Histórias da arte: moderna e contemporânea

8ª edição
Horário
19h30-21h30
Duração do Módulo
21.8 a 11.12.19 (17 aulas)
Investimento

Geral: 5x R$ 294,30
Amigo MASP: 5x R$ 250,15
*parcelamento apenas em cartão de crédito

Coordenação

Daniel Jablonski 

O curso tem por objeto a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais. Longe da exposição de uma história da arte linear e homogênea, propõe-se aqui abordar os artistas e suas obras à luz de determinado número de questões, de ordem formal, mas também filosófica e social, relevantes a seus contextos. Não se trata, com isso, de retirar da arte sua especificidade no interior da esfera cultural, mas, pelo contrário, de abrir sua história a outras perspectivas e narrativas possíveis. Almeja-se, idealmente, que cada uma das aulas possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos posteriores. Ao final do curso, o aluno deverá ser capaz não apenas de identificar a produção artística nos períodos abordados, mas também de compreender sua motivação, seus mecanismos históricos e seus impasses diante de questões que seguem em aberto.

Planos de aulas

Aula 1 – 21.8.19
Moderno e Modernidade: introdução aos conceitos. Revoluções industriais e sociais: a poesia e a vida na capital do século 19. As exposições universais e o contexto imperialista.
 
Aula 2 – 28.8.19
Pintar ou mudar a capital: o artista como cronista, produtor autônomo ou agitador político. Os salões oficiais e seus recusados. A experiência da Comuna de Paris.

Aula 3 – 04.9.19
Imagens em massa e imagens da massa: a invenção da fotografia e da pintura ao ar livre. O impressionismo e os subúrbios parisienses. A autonomia do olhar e a reinvenção da crítica de arte.
Visita ao Acervo em transformação
Edgar Degas, Quatro bailarinas em cena, 1885-90 
Claude Monet, A canoa sobre o Epte, circa 1890

Aula 4 –11.9.19
O interesse pelo “primitivo” nos salões independentes. O fauvismo entre máscaras africanas e maçãs de Cézanne. A natureza do moderno e seu avesso colonial.
Visita ao Acervo em transformação
Paul Gauguin, Pobre pescador, 1896
Paul Cézanne, Madame Cézanne, 1888-90

Aula 5 – 18.9.19
Decomposição, abstração e construção: o Cubismo em movimento nas vanguardas internacionais. Revolução, engajamento e pesquisa. Artistas na sala de aula: Vkhutemas, Bauhaus, De Stjill.

Aula 6 – 25.9.19 – Conferência com Thiago Gil. 
A Antropofagia de Oswald de Andrade e o “primitivo" como antídoto: Vicente do Rego Monteiro, Cícero Dias, Tarsila do Amaral e Maria Martins.

Aula 7 – 02.10.2019
O readymade entre Dadaísmo e Surrealismo. Retirada e avanço, nonsense e estratégia. Qualquer coisa na hora certa: a pintura como instantâneo fotográfico.

Aula 8 – 09.10.2019
Degeneração, expressão e crítica social na Alemanha. Arte à beira da catástrofe:
As escolas da forma, do signo e da boêmia contra o Nazismo.

Aula 9 – 16.10.2019 
High e Low, kitsch e vanguarda: o papel da indústria cultural, da crítica de arte e do expressionismo abstrato no contexto norte-americano. Modernismo, liberdade e ideologia.

Aula 10 – 23.10.2019
O efeito Duchamp: consumo, reprodução e crise da autoria na Arte Pop. A pintura como imagem de si mesma.
Visita ao Acervo em transformação
Claudio Tozzi, Repressão, 1968
Robert Rauschenberg, Retroactive II, 1963
Andy Warhol, Jackie Frieze,1964
 
Aula 11 – 30.10.2019 Conferência com Sergio Martins 
Concretismo, Neoconcretismo e a Teoria do Não-Objeto.

Aula 12 – 01.11.2019 – sexta-feira
Minimalismo, arte povera, arte processual, arte conceitual: novas vanguardas internacionais reunidas na exposição When attitudes become form (1969).
 
06.11.19
MUSEU FECHADA - Não haverá aula


Aula 13 – 13.11.2019
A fotografia como arte, a arte como fotografia: olhares modernos e contemporâneos sobre o mundo dos objetos. Museus imaginários e livros de artista. 
Visita ao Acervo em transformação
Marcelo Cidade, Tempo suspenso de um tempo provisório, 2011 – 2015 

20.11.19
FERIADO - Não haverá aula

 
Aula 14 – 22.11.2019 sexta-feira
Formas híbridas de arte: happening, performance e instalação. Formas indefinidas de história: anti-moderno, pós-moderno, contemporâneo

Aula 15 – 27.11.2019 Conferência com Ana Maria Maia 
“Hoje a arte é esse comunicado!” - algumas estratégias conceitualistas.

Aula 16 – 4.12.2019
A emergência do curador como autor e o fantasma de um novo árbitro do gosto. Instituição, crítica e comunidade. Feminismo nos anos 1970 e retorno à pintura nos anos 1980.
 
Aula 17 – 11.12.2019
Arte por toda parte: o boom das bienais, galerias, feiras e leilões. Obsolescência do novo e as potências do passado: outras estratégias museológicas na construção de narrativas históricas. 
Visita ao Acervo em transformação
Cindy Sherman, Untitled #137, 1984
Sherrie Levine, Untitled (Gold Knots: 1), 1985

Coordenação

Daniel Jablonski é artista visual, professor e pesquisador independente. É mestre em Filosofia Contemporânea pela Sorbonne-Panthéon, na França, e em História e Política do Museu e do Patrimônio / Estudos em Crítica e Curadoria pelo Institut National d’Histoire de l’Art, também em Paris, e pela Columbia University, Nova Iork. É membro da Comissão de Ensino da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), e integra a equipe curatorial da Residência Artística São João, na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Seus escritos, entrevistas, traduções, ensaios e críticas podem ser encontrados tanto em publicações independentes -- em revistas de arte como Amarello (SP) e Octopus Notes (Paris), e de crítica cultural, como Ensaia (RJ) -- bem como em publicações acadêmicas, caso da revista Concinnitas, da pós-graduação em artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e da Poiésis, da pós-graduação em estudos contemporâneos das artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Conferencistas

Ana Maria Maia é pesquisadora, curadora e professora de arte contemporânea. Tem doutorado em Teoria e Crítica de Arte na Universidade de São Paulo. Em 2018, realizou as mostras A Marquise, o MAM e nós no meio (MAM São Paulo, em parceria com Educativo MAM e O Grupo Inteiro) e Arte-veículo (Sesc Pompeia, São Paulo). Esta última é fruto da pesquisa Arte-veículo: intervenções na mídia de massa brasileira, realizada com a Bolsa Funarte 2014 de Estímulo à crítica de arte e publicada como livro publicado em 2015 (Editora Aplicação e Editora Circuito).

Sérgio Martins é crítico de arte, professor do departamento de História da PUC-Rio e autor de Constructing an Avant-Garde: Art in Brazil, 1949-1979 (MIT Press, 2013), bem como de diversos artigos em revistas como October, ARTMargins, Third Text e Novos Estudos (CEBRAP). Publicou ensaios em catálogos de exposições como Cildo Meireles (Reina Sofia, 2013), Hélio Oiticica: to Organize Delirium (Whitney Museum, Carnegie Museum e Art Institute of Chicago), Lygia Pape: a Multitude of Forms (The Metropolitan Museum, Nova Iorque), Lygia Clark: uma restrospectiva (Itaú Cultural) Anna Maria Maiolino (MoCA, Los Angeles), Wanda Pimentel: Envolvimentos (MASP) e Alexander Calder: Performing Sculpture (Tate Modern).

Thiago Gil é doutor em História, Crítica e Teoria da Arte pela Universidade de São Paulo (2018), com pesquisa sobre a relação de Oswald de Andrade com as artes visuais. Mestre na mesma linha de pesquisa (USP, 2012), com estudo sobre a percepção do movimento surrealista no Brasil. Entre 2011 e 2016, foi colaborador da Enciclopédia de Artes Visuais do Instituto Itaú Cultural como pesquisador e redator. É autor do livro Uma Brecha para o Surrealismo (Alameda, 2015). Desde 2013, é pesquisador da Fundação Bienal de São Paulo.​