Aula 1 – 27.7.2021
Por onde andavam as travestis antes da década de 1960?
Um mergulho na história disso que se convencionou chamar de Brasil, mostrando que identidades (hoje denominadas) trans ou travestis já estavam registradas por aqui desde os primórdios da invasão portuguesa.
Aula 2 – 29.7.2021
A prostituição como forma de viabilizar existências travestis
Após se popularizarem as intervenções corporais que transformaram radicalmente a noção de "travesti", a prostituição surge como forma de viabilizar tais existências. O Estado, no entanto, mobiliza suas forças para tentar impedir que o dinheiro obtido por meio desse trabalho permita que travestis ocupem cada vez mais espaços na sociedade.
Aula 3 – 3.8.2021
A transexualidade entra em cena
Na década de 1970 acontecem, no Brasil, as primeiras cirurgias de redesignação sexual e o Ministério Público do Estado de São Paulo entra com processo contra o cirurgião responsável condenando-o, em primeira instância, a dois anos de prisão por lesão corporal gravíssima.
Aula 4 – 5.8.2021
Tensões entre as identidades travesti e transexual
Nessa aula, serão discutidos os motivos por trás da criação da diferenciação entre travesti e transexual, assim como os efeitos dessa diferenciação para ambas as identidades.
Aula 5 – 10.8.2021
Resistências às narrativas trans e travestis dentro dos movimentos homossexual e feminista
Nas décadas de 1970 e 1980, o movimento homossexual oscilava entre denunciar a violência brutal que vitimava travestis e tratar travestis e transexuais como identidades potencialmente nocivas à luta homossexual. Uma reserva similar em relação a travestis e transexuais podia ser percebida no discurso de figuras-chave do movimento feminista da época. E eis que, também nessa época, surgem os primeiros relatos autobiográficos de pessoas trans e travestis.
Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp (com tese sobre as indeterminações de sentido no Ulysses, de James Joyce) e autora do livro autobiográfico E se eu fosse puta (hoo editora, 2016), do capítulo "Destino amargo", presente em Vidas Trans – A coragem de existir (Astral Cultural, 2017), e da obra Neca + 20 Poemetos Travessos (O Sexo da Palavra, 2021), que reúne seu monólogo experimental em pajubá e sua produção poética sobre vivências travestis. Além disso, ela é professora de literatura no cursinho pré-vestibular Descomplica, colunista da Mídia Ninja e do BuzzFeed e autora de inúmeros artigos de crítica literária feminista e sobre a presença LGBTI+, sobretudo T, na literatura brasileira.