MASP

Histórias da arte – Moderna e contemporânea

Horário
19H30-21H30
Duração do Módulo
ONLINE
10.3-14.7.2021
QUARTAS
(17 AULAS)
Investimento
Público geral
5x R$ 294,30*
Amigo MASP
5x R$ 250.15*
*parcelamento apenas em cartão de crédito
Coordenação
Daniel Jablonski
Especialistas Convidados
Thiago Gil
Michelle Farias Sommer
Pollyana Quintella
Leandro Muniz
O curso tem por objeto a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais. Longe da exposição de uma história da arte linear e homogênea, propõe-se aqui abordar os artistas e suas obras à luz de determinado número de questões, de ordem formal, mas também filosófica e social, relevantes a seus contextos. Isto não significa retirar da arte sua especificidade no interior da esfera cultural, mas, pelo contrário, abrir sua história a outras perspectivas e narrativas possíveis. Almeja-se, idealmente, que cada uma das aulas possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos posteriores. Ao final do curso, o aluno deverá ser capaz não apenas de identificar a produção artística nos períodos abordados, mas também de compreender sua motivação, seus mecanismos históricos e seus impasses diante de questões que seguem em aberto.

IMPORTANTE
As aulas serão online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os alunos após a inscrição. 

Planos de aulas

Aula 1 – 10.3.2021
Moderno e Modernidade: introdução aos conceitos. Revoluções industriais e sociais: a poesia e a vida na capital do século 19. As exposições universais e o contexto imperialista.

Aula 2 – 17.3.2021
Pintar ou mudar a capital: o artista como cronista, produtor autônomo ou agitador político. Os salões oficiais e seus recusados. A experiência da Comuna de Paris. 

Aula 3 – 24.3.2021
Imagens em massa e imagens da massa: a invenção da fotografia e da pintura ao ar livre. O impressionismo e os subúrbios parisienses. A autonomia do olhar e a reinvenção da crítica de arte. 

Aula 4 – 7.4.2021 
O interesse pelo “primitivo” nos salões independentes. O fauvismo entre máscaras africanas e naturezas mortas. A natureza do moderno e seu avesso colonial. 

Aula 5 – 14.4.2021
Decomposição, construção e abstração: o Cubismo em movimento nas vanguardas internacionais. Revolução, engajamento e pesquisa. Artistas na sala de aula: Vkhutemas, Bauhaus, De Stjill.

Aula 6 – 28.4.2021
Conferência com Thiago Gil
A Antropofagia de Oswald de Andrade e o "primitivo" como antídoto: Vicente do Rego Monteiro, Cícero Dias, Tarsila do Amaral e Maria Martins. 

Aula 7 – 5.5.2021
O readymade entre Dada e Surrealismo. Retirada e avanço, nonsense e estratégia. Qualquer coisa na hora certa: a pintura como instantâneo fotográfico.

Aula 8 – 12.5.2021 
Degeneração, expressão e crítica social na Alemanha. Arte à beira da catástrofe: as escolas da forma, do signo e da boêmia contra o Nazismo.

Aula 9 – 19.5.2021
High e Low, kitsch e vanguarda: o papel da indústria cultural, da crítica de arte e do expressionismo abstrato no contexto do pós-guerra norte-americano. Modernismo, liberdade e ideologia.

Aula 10 – 26.5.2021
Conferência com Michelle Sommer
Utopia e vontade criadora: perspectivas críticas do projeto moderno brasileiro a partir do pensamento de Mário Pedrosa

Aula 11 – 2.6.2021 
O efeito Duchamp: consumo, reprodução e crise da autoria na Arte Pop. A pintura como imagem de si mesma.

Aula 12 – 9.6.2021 
Minimalismo, arte povera, arte processual, arte conceitual: novas vanguardas internacionais reunidas na exposição When Attitudes Become Form. Origens da curadoria contemporânea.

Aula 13 – 16.6.2021
Conferência com Pollyana Quintella
Arte no Brasil sob a ditadura, confrontos e desvios. Algumas estratégias dos artistas conceituais e pop brasileiros. Crítica de arte alternativa e participativa 

Aula 14 – 23.6.2021
Formas híbridas de arte: happening, performance e instalação. Formas indefinidas de história: anti-moderno, pós-moderno, contemporâneo.

Aula 15 – 30.6.2021
A emergência do curador como autor e o fantasma de um novo árbitro do gosto. Instituição, crítica e comunidade. Feminismo nos anos 1970 e retorno à pintura nos anos 1980.

Aula 16 – 7.7.2021
Conferência com Leandro Muniz
Visível e invisível: artistas afrodescendentes no século 20 no Brasil.

Aula 17 – 14.7.2021
Arte por toda parte: o boom das bienais, galerias, feiras e leilões. Obsolescência do novo e as potências do passado: outras estratégias museológicas na construção de narrativas históricas.
 

Coordenação

Daniel Jablonski é artista, professor e pesquisador independente. Obteve o título de mestre em Filosofia Contemporânea pela Sorbonne-Panthéon, Paris, e em História e Política dos Museus e do Patrimônio pelo Institut National d’Histoire de l’Art, Paris, e Columbia University, Nova York. Sua produção multifacetada, conjugando teoria e prática, pode ser apresentada tanto na forma de fotografias, objetos, instalações e performances, quanto de uma publicação ou de uma palestra. Seus escritos, incluindo entrevistas, traduções e ensaios, podem ser encontrados em revistas de arte e de literatura, como Serrote, Amarello (São Paulo), Octopus Notes (Paris) e ainda publicações acadêmicas, como Concinnitas e Poiésis (Rio de Janeiro). 

Conferencistas

Thiago Gil é doutor em História, Crítica e Teoria da Arte pela Universidade de São Paulo (2018), com pesquisa sobre a relação de Oswald de Andrade com as artes visuais. Mestre na mesma linha de pesquisa pela USP (2012), com estudo sobre a percepção do movimento surrealista no Brasil. Entre 2011 e 2016, foi colaborador da Enciclopédia de Artes Visuais do Instituto Itaú Cultural como pesquisador e redator. É autor do livro Uma Brecha para o Surrealismo (Alameda, 2015). Desde 2013, é pesquisador da Fundação Bienal de São Paulo.

Michelle Farias Sommer atua no ensino, pesquisa, crítica e curadoria de artes visuais. É pós-doutoranda em Linguagens Visuais na EBA/PPGAV/UFRJ, doutora em História, Teoria e Crítica de Artes pelo PPGAV/UFRGS com estágio doutoral junto à University of the Arts London / Central Saint Martins / na área de estudos expositivos. É mestre em Planejamento Urbano e Regional e arquiteta e urbanista. Em 2017 foi co-curadora da exposição Mário Pedrosa: de la naturaleza afectiva de la forma no Museu Reina Sofia, em Madri, que obteve o prêmio destaque pela curadoria da exposição pela ABCA – Associação Brasileira de Crítica de Arte, em 2018. É autora de diversos livros e contribui regularmente para publicações nacionais e internacionais e projetos de artes visuais em formatos diversos.

Pollyana Quintella é curadora, professora e pesquisadora. Formada em História da Arte pela UFRJ, é mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ e doutoranda pela mesma instituição. Colaborou com pesquisa e curadoria para o Museu de Arte do Rio (MAR), entre 2018 e 2020, e escreve para diversos jornais e revistas de cultura. Foi curadora adjunta da exposição FARSA - Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal, no Sesc Pompeia.

Leandro Muniz atua como artista e pesquisador. Formado em artes plásticas pela Universidade de São Paulo, fez parte do grupo de estudos Depois do Fim da Arte, coordenado por Dora Longo Bahia. Na USP também realizou um projeto de pesquisa sobre a obra de Rivane Neuenschwander, com orientação de Sônia Salzstein. Entre 2017 e 2019 foi assistente de curadoria no Pivô, onde coordenava o programa de residências Pivô Pesquisa. Em parceria com Rafaela Foz, organiza o projeto Conversas no BREU, que já contou com a participação de mais de 40 artistas e curadores. Seus textos podem ser encontrados em publicações e portais como Arte que acontece, Relieve Contemporáneo, Terremoto, além de catálogos e exposições. É repórter na revista seLecT.