O MASP Escola oferece cursos livres e abertos a todos os interessados em artes, com ou sem formação na área.
Com professores especializados nos mais diversos campos da arte e da cultura, visita às exposições temporárias e à mostra de longa duração do acervo do museu, realizada nos cavaletes de vidro projetados por Lina Bo Bardi, os cursos apresentam um amplo recorte da coleção do MASP. Contam também com temas transdisciplinares, introduzidos a cada novo ciclo expositivo.
O MASP Escola tem o intuito de aproximar ainda mais os frequentadores do museu e proporcionar uma experiência de aprendizado dinâmica e crítica, em que todos possam constituir seu repertório a partir de um olhar diverso e plural da arte.
Atualmente, são oferecidos quatro módulos de curso: Histórias da arte, Estudos críticos, Cursos presenciais e Cursos de férias, com bolsas para professores da rede pública. Para um contato direto, escreva para escola@masp.org.br
As aulas exploram temas amplos e diversificados da das artes, desde análises detalhadas sobre artistas de destaque do acervo do MASP até discussões de campos culturais diversos.
A partir das obras selecionadas para a exposição A ecologia de Monet, no conjunto de quatro aulas temáticas discutiremos novas abordagens da produção do pintor francês Claude Monet (1840-1926), para além de sua visão como o “mestre do impressionismo”. Consideraremos sobretudo sua produção quando de seu estabelecimento no pequeno vilarejo rural de Giverny, depois do fim das ditas “Exposições impressionistas”, articulando-a a três aspectos: sua relação com a voga japonista que tomou conta da Europa dos anos 1870 em diante e sua coleção de estampas japonesas; sua relação com a pintura de paisagem britânica; sua projeção como “pintor nacional da França” e sua obra para o Musée de l’Orangérie.
Propomo-nos a tratar dessas questões por uma visada ecocrítica, problematizando a produção de Monet dentro dos debates sobre certa ideia de primitivismo, a percepção da paisagem dentro do processo de industrialização e urbanização da França e da Inglaterra no século 19, e o papel da pintura impressionista na construção da identidade da classe burguesa no período.
As aulas serão organizadas em duas partes: na primeira, apresentaremos a questão/tema proposto, para em seguida, analisarmos uma seleção de obras pertinentes à discussão dentro da exposição. Como a última aula ocorrerá depois do término da exposição, traremos outros materiais audiovisuais para trabalhar na segunda parte da aula.
O curso investiga a relação entre arquitetura, expografia e arte, analisando museus como possíveis territórios de experimentação, contestação e reinvenção cultural. Percorrendo casos como o MoMA de Nova York, o Centro Pompidou e o Palais de Tokyo de Paris, discute-se o modelo "cubo branco" e seus vínculos com a arte moderna, em contraste com outras propostas espaciais e arquitetônicas ligadas à arte contemporânea. Voltado a arquitetos, artistas, curadores e interessados em cultura, o curso oferece ferramentas para decifrar como o espaço impacta a percepção da arte e a conecta com a sociedade atual.
Os cursos de Histórias da Arte são oferecidos semestralmente e organizados em um módulo que reúne quatro cursos independentes, porém complementares. Juntos, eles abrangem um arco histórico que vai do século 14 ao 21.
O diferencial está no enfoque em histórias abertas, plurais e diversas, que exploram múltiplos territórios, períodos, linguagens e discursos. Por isso, o módulo é intitulado “Histórias” e não “História” da Arte.
Cada curso, com cerca de 14 aulas, é conduzido por um professor especializado e conta com a participação de convidados que ministram conferências ao longo do semestre. Esse formato permite um mergulho aprofundado em temas específicos e valoriza a pluralidade de perspectivas.
Assim, os participantes têm acesso a um panorama abrangente de abordagens e métodos de crítica, mediação e interpretação da produção artística, sempre em diálogo com as obras da coleção do MASP.
O curso pretende apresentar e discutir as manifestações artísticas do mundo ocidental ao longo do século 19, desde a Revolução Francesa, na obra de Jacques-Louis David, até os anos que antecedem à Primeira Guerra Mundial. O objetivo principal do curso é entender como a arte da tradição europeia se modifica ao longo do século 19 dando origem ao que se conhece de modo amplo como arte moderna. Além dos artistas já mencionados, ao longo do curso serão vistos nomes como Ingres, Delacroix, Monet, Van Gogh e Lautrec. As obras do acervo do MASP serão o fio condutor do curso.
O curso propõe uma leitura crítica da arte brasileira do século 19 ao 21, com foco nas disputas que moldaram a formação dos cânones da arte nacional. A cada encontro, uma obra é tomada como ponto de partida para refletir sobre temas como identidade, política, raça, gênero e memória, ampliando o olhar para produções historicamente silenciadas.
Com uma abordagem transversal, os encontros dialogam com práticas artísticas afro-brasileiras, indígenas, femininas, populares e urbanas, articulando história da arte, crítica institucional e pensamento social.
O MASP conta com uma coleção de arte italiana excepcional em sua extensão e escopo. A lista inclui nomes famosos como Rafael, Tiziano, Botticelli, Andrea Mantegna, Tintoretto, mas também obras de artistas menos conhecidos que integraram matrizes importantes da arte italiana no período mencionado - artistas do círculo de Leonardo da Vinci, Bronzino, Caravaggio, Bernini, Tiepolo, entre outros. Desta forma, estudar arte italiana no MASP é uma experiência única em contexto brasileiro. O curso tem como objetivo oferecer aos participantes um painel com algumas das questões históricas, teóricas e técnicas mais importantes para que a fruição das obras italianas do Renascimento e Barroco presentes no acervo seja mais rica e ampla. O programa consiste em 10 aulas teóricas, duas demonstrações práticas de técnica de pintura com o artista visual João Guilherme Parisi e duas visitas exclusivas ao acervo.
Este curso propõe um percurso pelas transformações da arte moderna e contemporânea do início do século 20 até os dias atuais, com foco em experiências artísticas, exposições marcantes e debates que moldaram o campo das artes visuais. A partir da análise de obras, projetos curatoriais e movimentos históricos, as aulas tratam de temas como as vanguardas europeias, os modernismos latino-americanos, os museus e a crítica institucional, além de produções recentes ligadas à arte indígena, à diáspora africana e aos feminismos.
Além das aulas expositivas, o curso contará com conferências de convidados e visitas orientadas à exposição Acervo em Transformação e ao Centro de Pesquisa do MASP. A proposta é oferecer ferramentas conceituais e práticas para uma leitura crítica das imagens e das formas de exibição da arte no século 20 e 21.
O curso propõe um percurso introdutório pelo design aplicado a exposições, com foco na organização do espaço, na experiência do visitante e na aplicação de metodologias projetuais. Serão abordados os principais elementos do design expositivo, como narrativa espacial, fluxo de visita, comunicação visual, mobiliário, iluminação e sonorização, além do uso de tecnologias interativas e digitais. O conteúdo parte da prática e do trabalho com equipes multidisciplinares, oferecendo ferramentas para pensar o espaço como elemento ativo da curadoria. A partir da análise de exemplos contemporâneos, os participantes serão convidados a desenvolver olhares críticos e técnicos sobre o processo de concepção e realização de projetos voltados ao público.
O módulo trata das exposições brasileiras a partir do pós-guerra, até os dias atuais. A partir de exemplos de narrativas expositivas elaboradas por arquitetos modernos como Lina Bo Bardi no MASP SP e Karl Heinz Bergmiller no MAM RIO, apresenta estudo de casos demonstrando a pluralidade em relação à curadoria e ao desenho expositivo no Brasil, não se limitando ao eixo Rio São Paulo após a década de 1980. Destaca as inovações em abordagens de exposições de arte e temáticas, em museus, em galerias e em espaços híbridos no contexto brasileiro, oferecendo possibilidade de discussão das expografias em relação às propostas e suas variações ao longo do tempo.
O MASP Escola oferece bolsas de estudo para professores oriundos da rede pública de educação básica. Cada professor pode ser contemplado com uma bolsa por semestre. O curso exige, no mínimo, 80% de presença.
A inscrição demanda uma carta de intenção, que será utilizada como critério para a seleção dos bolsistas. Para concorrer a uma bolsa integral, preencha o cadastro disponível através da opção "Solicitação de bolsas para professores" na página de cada curso.
Todos os inscritos que não forem contemplados com a bolsa integral terão direito a um desconto de 50% no valor do curso escolhido. Os benefícios serão concedidos às pessoas que comprovarem, mediante a apresentação de holerite atualizado, o vínculo docente na rede pública.