O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, em 2026, uma
programação dedicada às Histórias latino-americanas. O ciclo de atividades, que inclui
exposições, cursos, palestras, oficinas, seminários e publicações, abordará a América
Latina não apenas como uma região, mas como uma identidade em constante construção
e disputa, compartilhada entre os países que a compõem.
A noção de latinidade, presente em narrativas históricas e concepções de arte e cultura
visual, será o eixo central da programação do MASP em 2026. O ano contará com
exposições monográficas de artistas, coletivos e ativistas, além de uma ampla mostra
coletiva articulada em cinco núcleos.
O programa dá sequência às exposições dedicadas às Histórias no MASP, realizadas desde
2016 e que incluem: Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017), Histórias
afro-atlânticas (2018), Histórias das mulheres, histórias feministas (2019), Histórias da dança
(2020), Histórias brasileiras (2021–22), Histórias indígenas (2023), Histórias LGBTQIA+ (2024)
e Histórias da ecologia (2025).
Confira a programação do MASP para 2026:
Sandra Gamarra Heshiki: réplica
6.3 — 7.6.2026
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP; Florencia Portocarrero, curadora
independente; Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP; e Sharon Lerner, diretora
artística, MALI
A primeira exposição panorâmica da artista peruana Sandra Gamarra Heshiki (Lima, Peru,
1972) reúne cerca de 80 obras dos últimos 25 anos de sua produção. Desde o final dos
anos 1990, o trabalho de Gamarra adota uma perspectiva de crítica institucional,
evidenciada pela criação do museu fictício LiMAC. A artista questiona a neutralidade das
representações artísticas ao utilizar a apropriação crítica de pinturas e esculturas,
sobretudo do período colonial, estabelecendo a “réplica” como forma de resposta a
narrativas estabelecidas. A própria organização da mostra imita e critica a cronologia
clássica de um museu latino-americano. A mostra é organizada em parceria com o Museu
de Arte de Lima (MALI).
La Chola Poblete: Pop andino
6.3 — 2.8.2026
Edifício Pietro Maria Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Leandro Muniz, curador assistente, MASP
La Chola Poblete (Guaymallén, Argentina, 1989) produz performances, desenhos,
fotografias e vídeos em que parte de seu corpo e biografia para discutir as complexidades
da identidade chola — termo usado para designar mulheres mestiças de ascendência
indígena na América Latina — e os legados coloniais na região Andina, incluindo a violência
contra a população LGBTQIA+ e grupos racialmente marcados, dos quais ela faz parte. A
mostra é composta por muitas obras inéditas e em diferentes mídias, como aquarelas de
grandes dimensões que funcionam como mapas mentais, fotografias encenadas e
trabalhos que misturam a iconografia pop com o imaginário pré-colombiano. O projeto,
baseado em um manifesto da artista, questiona as categorias de enquadramento de seu
corpo e obra, afirmando identidades híbridas e a possibilidade de transformação e fluidez
contínuas. Essa é a primeira exposição individual da artista no Brasil.
Claudia Alarcón & Silät: viver tecendo
6.3 — 2.8.2026
Edifício Pietro Maria Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Laura Cosendey, curadora assistente,MASP
Claudia Alarcón (La Puntana, Argentina, 1989) e o coletivo de tecedeiras Silät, formado em
2023 por mulheres de comunidades wichí do norte da província de Salta, na Argentina,
criam obras têxteis a partir de técnicas ancestrais de seu povo. A exposição apresenta
cerca de 30 obras, algumas delas inéditas, elaboradas com fios de chaguar (uma bromélia
nativa do território em que vivem as artistas), que resgatam padrões e técnicas tradicionais
usadas na confecção das yicas (bolsas típicas da região). Para o povo wichí, tecer é um ato
ligado à memória, à mitologia e ao território. Alarcón & Silät preservam e atualizam esses
saberes, experimentando sofisticadas composições a partir dos padrões tradicionais. Ao
reivindicar o protagonismo feminino, as artistas usam a produção têxtil como linguagem
viva e instrumento de afirmação cultural e política, expressando sua história e identidade.
Essa é a primeira individual no Brasil dedicada ao trabalho de Alarcón & Silät.
Santiago Yahuarcani: o princípio do conhecimento
3.4 — 2.8.2026
Edifício Pietro Maria Bardi
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora, MASP
A mostra dedicada a Santiago Yahuarcani (Pebas, Peru, 1960) reúne cerca de 30 pinturas,
incluindo obras inéditas, e dá continuidade à projeção internacional do artista após sua
participação na 60ª Bienal de Veneza (2024), onde seu trabalho chamou a atenção do
público e da crítica. A obra do artista indígena do povo Uitoto, radicado na Amazônia
peruana, está profundamente enraizada nas tradições orais, na cosmologia e na cultura
visual de sua comunidade, articulando memória familiar, história e imaginação. Por meio da
pintura, Yahuarcani desenvolve uma prática que combina investigação artística e retomada
de narrativas. A história de deslocamento, violência e sobrevivência de sua família,
descendente de sobreviventes da exploração do ciclo da borracha, é um fio condutor
central em sua obra. O uso de pigmentos naturais e da llanchama — tela feita da casca de
árvores amazônicas — reforça a relação com a terra. A mostra é organizada em parceria
com o Museo Universitario del Chopo (Cidade do México) e o The Whitworth (Manchester).
Colectivo Acciones de Arte: democracia radical
3.4 — 2.8.2026
Edifício Pietro Maria Bardi
Curadoria: André Mesquita, curador, MASP
O Colectivo Acciones de Arte (CADA) foi fundado em Santiago do Chile em 1979, durante a
ditadura militar, pelos artistas Lotty Rosenfeld (1943–2020) e Juan Castillo (1952–2025),
a escritora Diamela Eltit, o poeta Raúl Zurita e o sociólogo Fernando Balcells. O grupo
realizou, de forma rápida e anônima, intervenções em espaços públicos para repensar as
relações entre arte e política em um contexto de violência e precariedade. A exposição
reúne fotografias, filmes e documentos que registram as oito ações do coletivo entre 1979 e
1985. A intervenção mais conhecida, “NO+” (1983), espalhou o slogan aberto “NO+” (Não
mais) pelos muros da cidade, sendo livremente completado por cidadãos e movimentos
sociais (“NO+ dictadura”, “NO+ hambre”). Essa participação popular transformou a ação
em uma poderosa forma de denúncia e expressão coletiva, fundamental para compreender
as articulações entre arte e política na América Latina.
Damián Ortega: matéria e energia
15.5 — 13.9.2026
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP; Rodrigo Moura, diretor artístico,
MALBA; e Yudi Rafael, curador assistente, MASP, com assistência de Isabela Ferreira
Loures, assistente curatorial, MASP
A mostra apresenta mais de três décadas de trabalho do artista Damián Ortega (Cidade do
México, México, 1967), um dos principais expoentes de sua geração. Transitando entre
fotografia, vídeo, escultura e instalação, Ortega convida o público a reexaminar materiais e
objetos cotidianos para investigar narrativas sociais, econômicas e políticas. Em sua
icônica prática escultórica, ele desmonta objetos, como carros, reorganizando suas partes
e exibindo-as em novas configurações. O mesmo pensamento de rearranjo aparece em
obras em que dispõe ferramentas, pedras ou tijolos em montagens suspensas. A
reorganização desses objetos na forma de diagramas espaciais é frequentemente
carregada de humor e comentários políticos e sociais. A exposição destaca obras
importantes de sua trajetória e um conjunto de trabalhos que investigam aspectos da
arquitetura brasileira. A mostra é organizada em parceria com o Museo de Arte
Latino-Americana de Buenos Aires (MALBA) e marca a primeira individual de Ortega em um
museu de São Paulo.
Carolina Caycedo: confluências
3.7 — 4.10.2026
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Isabella Rjeille, curadora, MASP
Com trabalhos que incluem fotografia, instalação, vídeo, performance e desenho, a
produção de Carolina Caycedo (colombiana nascida em Londres, Reino Unido,1978) se
constitui como um ponto de encontro entre saberes e práticas que vão da arte
contemporânea aos saberes ancestrais ribeirinhos e às estratégias de resistência de
movimentos sociais latino-americanos. A trajetória de Caycedo foi marcada por múltiplos
processos migratórios que informam sua prática, refletindo as relações simbólicas e
culturais que estabelecemos com o mundo. Trabalhando frequentemente de forma
colaborativa, a artista busca reconstruir uma memória comunitária dos bens comuns, que
englobam desde o espaço público urbano até rios e montanhas. A exposição apresenta um
panorama abrangente de sua obra e conta com criações recentes desenvolvidas no
contexto brasileiro em diálogo com outros contextos latino-americanos e suas diásporas. O
título se refere tanto à convergência de cursos de água quanto ao encontro de pessoas,
ideias e culturas.
Sol Calero
3.7.2026
Vão Livre
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Laura Cosendey, curadora assistente,MASP
A artista Sol Calero (Caracas, Venezuela, 1982) desenvolve espaços imersivos que
combinam elementos da arquitetura vernacular com uma visualidade inspirada em
referências latino-americanas, explorando a ideia de uma pintura expandida em murais,
mosaicos e mobiliário. Após apresentar o Pabellón Criollo na 60ª Bienal de Veneza (2024),
uma instalação nomeada a partir de um prato típico venezuelano que simboliza a mistura
de culturas (indígenas, africanas e europeias), Calero projetará um pavilhão para o Vão Livre
do MASP em 2026. Seus projetos transformam espaços em ambientes participativos e
acolhedores, carregados de memórias afetivas que sugerem noções de identidade,
deslocamento e pertencimento.
Histórias latino-americanas
4.9.2026 — 31.1.2027
Edifício Pietro Maria Bardi
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora, MASP, e Julieta González, curadora-adjunta, MASP,
com assistência de Teo Teotonio, assistente curatorial, MASP
Tema do ciclo curatorial de 2026, Histórias latino-americanas será uma coletiva
internacional que ocupará cinco andares do edifício Pietro Maria Bardi. Articulada em cinco
núcleos, essa ampla mostra investiga como a ideia de América Latina foi criada e disputada
ao longo do tempo. A exposição parte dos processos de colonização, marcados por
violência e extrativismo, e examina o papel do barroco e da invenção do paraíso tropical
como regimes de imagens que difundiram o poder colonial, a fim de evidenciar como essas
dinâmicas moldaram a modernidade na região e destacar contranarrativas e formas de
contestação. Aborda, ainda, as formas comunitárias de organização social indígenas e
afrodescendentes, como quilombos, palenques e cumbes, bem como tradições utópicas
que lutam contra os autoritarismos, como é o caso dos zapatistas. A mostra considera a
circulação de pessoas, bens e ritmos em processos de migração e diáspora que conectam
a América Latina a outras geografias. Por fim, explora concepções indígenas sobre fim e
renovação, convidando a imaginar futuros possíveis diante das crises do presente.
Pablo Delano: Museu da Antiga Colônia
30.10.2026 — 31.01.2027
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Fernando Oliva, curador, MASP
O “Museu da Antiga Colônia” é uma grande instalação que examina as perseverantes e
inabaláveis estruturas coloniais através das lentes de Porto Rico, ilha que vivencia mais de
quinhentos anos de influência e domínio colonial. Concebida pelo artista Pablo Delano
(Porto Rico, 1954), inclui uma miríade de objetos, fotografias, jornais, filmes e revistas que
contam múltiplas histórias relacionadas, inicialmente, ao domínio espanhol e, atualmente,
americano sobre comunidades indígenas e nativas, bem como sobre pessoas de
ascendência africana. O título da instalação faz uma referência irônica à cumplicidade dos
museus e a uma marca de refrigerante estadunidense muito popular em Porto Rico, ao
mesmo tempo que destaca como o poder e a presença dos EUA se baseiam na exploração
colonial, na higiene social e na hierarquia racial, que se materializam na circulação de bens,
pessoas e valores, e no recrutamento de antropólogos, missionários, fotógrafos e políticos
para sustentar a matriz colonial.
Rosa Elena Curruchich: crônicas de Comalapa
30.10.2026 — 4.4.2027
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP; Yudi Rafael, curador assistente, MASP;
e Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP
A exposição retrospectiva apresenta mais de 80 obras de Rosa Elena Curruchich
(Comalapa, Guatemala, 1958–2005), pintora autodidata indígena de origem Maya
Kaqchikel. Curruchich foi neta do artista que deu início a uma tradição popular de pintura a
óleo entre os Kaqchikel nos anos 1930. Sua obra se destaca entre as da primeira geração
de pintoras mulheres dessa tradição pelo modo como trabalhou o legado pictórico do
registro da vida cotidiana e das cerimônias de seu povo, com especial atenção aos huipil
(vestuário feminino artesanal). A artista manteve sua prática em segredo, com medo de
represálias, o que levou seu corpo de pinturas a ser marcado pelo pequeno formato para
transporte discreto. Sua obra, que integrou a 60ª Bienal de Veneza em 2024, vem sendo
revisitada nos últimos anos. Essa é a primeira exposição retrospectiva da artista no Brasil.
Manuel Herreros de Lemos e Mateo Manaure Arilla
27.11.2026 — 4.4.2027
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Glaucea Helena de Britto, curadora assistente, MASP, e Matheus de Andrade,
assistente curatorial, MASP
A exposição é a primeira no Brasil dedicada ao curta-metragem documental “TRANS”
(1982), dirigido pelos artistas venezuelanos Manuel Herreros de Lemos e Mateo Manaure
Arilla, e estreado em 1983. Além da exibição do filme, a mostra reúne um conjunto inédito
de materiais fotográficos relacionados à sua produção, apresentando as vidas, as
subjetividades e os enfrentamentos de pessoas trans e travestis na cidade de Caracas no
início da década de 1980. O trabalho retrata com sensibilidade questões urgentes, como a
criminalização do trabalho sexual, a violência de gênero e a marginalização institucional. Na
contramão de uma perspectiva distanciada, o filme propõe uma colaboração poética e
política entre diretores e protagonistas, cujas relações de intimidade, vulnerabilidade e
potência se refletem nas imagens. Após décadas invisibilizado, o curta de 16 mm vem
sendo recentemente exibido em instituições internacionais.
Jesús Soto
27.11.2026 — 4.4.2027
Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Mateus Nunes, curador assistente,
MASP, com assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP
O artista Jesús Soto (Ciudad Bolívar, Venezuela, 1923 – Paris, França, 2005) foi um dos
nomes mais importantes da arte cinética, sendo um dos expoentes do modernismo
latino-americano em um cenário global. Em suas obras, Soto introduziu a sensação de
movimento e a participação do espectador, como em seus “Penetráveis”, além de
incorporar fenômenos ópticos pela sobreposição de planos e transparências. Dissolvendo
as fronteiras rígidas entre observador e obra, o artista contribuiu de maneira decisiva para o
debate de questões teóricas que permanecem atuais, como as noções de imaterialidade,
interação e virtualidade. A exposição destaca a produção de Soto entre o início da década
de 1950 e o final dos anos 1980, período em que o artista se debruçou de modo mais
experimental sobre as experiências ópticas, geométricas e interativas. A mostra conta com
parcerias e empréstimos de renomadas coleções estadunidenses, francesas e brasileiras,
incluindo obras históricas, trabalhos interativos e material arquivístico, e acontece mais de
vinte anos depois da última exposição individual do artista em um museu brasileiro.
Sala de vídeo
2° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
Clara Ianni (São Paulo, 1987)
6.2 — 22.3.2026
Curadoria: Daniela Rodrigues, supervisora de mediação, MASP
Ianni explora a relação entre história e política, abordando as contradições da
modernização e as mitologias do progresso, especialmente em relação ao Brasil.
Oscar Muñoz (Popayán, Colômbia, 1951)
3.4 — 21.6.2026
Curadoria: Matheus de Andrade, assistente curatorial, MASP
Muñoz investiga as relações entre identidade, memória e imagem por meio de
experimentações com suportes fotográficos e audiovisuais.
Regina José Galindo (Cidade da Guatemala, 1974)
3.7 — 23.8.2026
Curadoria: Bruna Fernanda, assistente curatorial, MASP
Galindo é uma artista e poeta que utiliza seu próprio corpo para expor as violências
impostas pelas estruturas de poder nas sociedades contemporâneas.
Claudia Martínez Garay (Ayacucho, Peru, 1983)
Curadoria: Teo Teotonio, assistente curatorial, MASP
4.9 — 18.10.2026
Garay revisita narrativas coloniais latino-americanas, especialmente as relacionadas ao
Peru, por meio de fabulações criadas a partir de artefatos museológicos e figuras históricas.
Edgar Calel (Chi Xot, Guatemala, 1987)
30.10.2026 — 31.1.2027
Curadoria: Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP
Calel se destaca por uma poética sensível, atravessada por dimensões espirituais e rituais
vinculadas à cosmovisão maia-kaqchikel. Suas obras propõem uma reflexão crítica sobre a
marginalização das comunidades indígenas latino-americanas e questionam formas
hegemônicas de produção, exposição e circulação de arte.
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo, SP 01310-200
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h
(entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e
domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)