O MASP Escola oferece cursos livres e abertos a todos os interessados em artes, com ou sem formação na área.
Com professores especializados nos mais diversos campos da arte e da cultura, visita às exposições temporárias e à mostra de longa duração do acervo do museu, realizada nos cavaletes de vidro projetados por Lina Bo Bardi, os cursos apresentam um amplo recorte da coleção do MASP. Contam também com temas transdisciplinares, introduzidos a cada novo ciclo expositivo.
O MASP Escola tem o intuito de aproximar ainda mais os frequentadores do museu e proporcionar uma experiência de aprendizado dinâmica e crítica, em que todos possam constituir seu repertório a partir de um olhar diverso e plural da arte.
Atualmente, são oferecidos quatro módulos de curso: Histórias da arte, Estudos críticos, Cursos presenciais e Cursos de férias, com bolsas para professores da rede pública. Para um contato direto, escreva para escola@masp.org.br
As aulas exploram temas amplos e diversificados da das artes, desde análises detalhadas sobre artistas de destaque do acervo do MASP até discussões de campos culturais diversos.
As artes plásticas do século 20 associadas a diferentes correntes modernistas foram fortemente marcadas pelos deslocamentos, migrações e trânsitos internacionais. Isso se deve às duas guerras mundiais; as perseguições religiosas, étnicas e políticas; e à internacionalização de sistemas artísticos tidos até então como periféricos. O objetivo deste curso é refletir sobre a circulação artística entre países do continente europeu e americano, enfocando trajetórias de mulheres ligadas a tendências modernistas. Para isso, trata-se da mobilidade das artistas, de suas obras e de exposições. Refletir sobre a circulação das mulheres artistas permite compor novas perspectivas para a história da arte moderna e feminista.
O curso apresenta uma introdução à história do modernismo no Brasil a partir do acervo do MASP, contemplando desde obras de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Candido Portinari a obras de Arthur Timótheo da Costa, Djanira e Rubem Valentim. Os encontros propõem uma reflexão sobre identidades e diferenças no modernismo brasileiro, incluindo uma discussão sobre iniciativas coletivas surgidas no período, como a organização de exposições e publicações independentes, festas, bailes, grupos e espaços autônomos de colaboração e apoio mútuo entre artistas, aspecto pouco lembrado mas fundamental para a compreensão dos diversos ambientes sociais e culturais que deram origem a uma produção artística moderna no país.
O movimento surrealista foi sem dúvida um dos mais complexos e vastos acontecimentos intelectuais do século 20, com longevos impactos na arte e em outros campos da cultura, tendo se disseminar a partir da Europa para os demais continentes. As relações com a psicanálise, as proposições políticas, as insurgências anticoloniais, muitos são os fatores que se somam à conhecida revolução que o surrealismo impulsionou nas artes. O curso apresentará o movimento surrealista de maneira introdutória, procurando dar a ver a sua multiplicidade, nas diferentes artes e para além da arte.
O curso propõe refletir sobre o que caracteriza a arquitetura brasileira contemporânea, explorando seus vínculos e rupturas com a tradição moderna. A partir de casos emblemáticos, como o MuBE e o Pavilhão do Brasil na Expo 92, e da produção mais recente de escritórios como SPBR, MMBB, Metro, entre outros, busca-se compreender como a arquitetura atual lida com heranças formais, políticas e culturais. Mais do que um recorte temporal, o contemporâneo será discutido como um modo de pensar e projetar, situado entre permanências e impasses.
Os cursos de Histórias da Arte são oferecidos semestralmente e organizados em um módulo que reúne quatro cursos independentes, porém complementares. Juntos, eles abrangem um arco histórico que vai do século 14 ao 21.
O diferencial está no enfoque em histórias abertas, plurais e diversas, que exploram múltiplos territórios, períodos, linguagens e discursos. Por isso, o módulo é intitulado “Histórias” e não “História” da Arte.
Cada curso, com cerca de 14 aulas, é conduzido por um professor especializado e conta com a participação de convidados que ministram conferências ao longo do semestre. Esse formato permite um mergulho aprofundado em temas específicos e valoriza a pluralidade de perspectivas.
Assim, os participantes têm acesso a um panorama abrangente de abordagens e métodos de crítica, mediação e interpretação da produção artística, sempre em diálogo com as obras da coleção do MASP.
O módulo trata das exposições brasileiras a partir do pós-guerra, até os dias atuais. A partir de exemplos de narrativas expositivas elaboradas por arquitetos modernos como Lina Bo Bardi no MASP SP e Karl Heinz Bergmiller no MAM RIO, apresenta estudo de casos demonstrando a pluralidade em relação à curadoria e ao desenho expositivo no Brasil, não se limitando ao eixo Rio São Paulo após a década de 1980. Destaca as inovações em abordagens de exposições de arte e temáticas, em museus, em galerias e em espaços híbridos no contexto brasileiro, oferecendo possibilidade de discussão das expografias em relação às propostas e suas variações ao longo do tempo.
Este curso introduz a trajetória do artista Rubem Valentim, com foco em seu projeto para um centro cultural em Brasília e na relevância contemporânea de seu arquivo no MASP. Em duas aulas, dialogaremos com sua obra, sua atuação entre Bahia e Brasília e as ideias culturais que marcaram sua produção. A aula extra, conduzida por equipe do Centro de Pesquisa, exemplifica os procedimentos profissionais de guarda, organização e digitalização de acervos. Público aberto a todos, sem pré-requisitos.
Este curso propõe uma leitura crítica da arte latino-americana a partir de dois eixos históricos: a arte como força revolucionária (1940–1970) e a arte como forma de resistência (1970–1990). A partir da análise de obras, documentos e práticas coletivas, investigaremos como artistas e movimentos criaram linguagens visuais engajadas com a transformação social, articulando desejos artísticos e políticos, disputando narrativas históricas e elaborando estratégias de sobrevivência sob regimes autoritários. A proposta é pensar a arte como espaço de imaginação política, percorrendo os diversos projetos de emancipação que marcaram a produção artística na América Latina ao longo do século 20.
Este curso propõe uma leitura crítica da arte latino-americana a partir de dois eixos históricos: a arte como força revolucionária (1940–1970) e a arte como forma de resistência (1970–1990). A partir da análise de obras, documentos e práticas coletivas, investigaremos como artistas e movimentos criaram linguagens visuais engajadas com a transformação social, articulando desejos artísticos e políticos, disputando narrativas históricas e elaborando estratégias de sobrevivência sob regimes autoritários. A proposta é pensar a arte como espaço de imaginação política, percorrendo os diversos projetos de emancipação que marcaram a produção artística na América Latina ao longo do século 20.
Este curso apresenta um panorama da arte e ecologia no Brasil a partir da década de 1960, examinando seus fundamentos modernos e a forma como a questão se desenvolve no contexto artístico brasileiro. Ao longo dos encontros, serão analisadas obras de expoentes no debate ecológico brasileiro (como Roberto Burle Marx, Roberto Evangelista e Frans Krajcberg) e movimentos de artistas engajados em causas ambientais nas décadas de 1970 e 1980, refletindo sobre a reformulação de práticas artísticas a partir da questão ecológica. Também serão abordadas as novas práticas artísticas que surgiram do diálogo com cosmologias indígenas e a Ecologia Política.
O MASP Escola oferece bolsas de estudo para professores oriundos da rede pública de educação básica. Cada professor pode ser contemplado com uma bolsa por semestre. O curso exige, no mínimo, 80% de presença.
A inscrição demanda uma carta de intenção, que será utilizada como critério para a seleção dos bolsistas. Para concorrer a uma bolsa integral, preencha o cadastro disponível através da opção "Solicitação de bolsas para professores" na página de cada curso.
Todos os inscritos que não forem contemplados com a bolsa integral terão direito a um desconto de 50% no valor do curso escolhido. Os benefícios serão concedidos às pessoas que comprovarem, mediante a apresentação de holerite atualizado, o vínculo docente na rede pública.