As aulas exploram temas amplos e diversificados da das artes, desde análises detalhadas sobre artistas de destaque do acervo do MASP até discussões de campos culturais diversos.
A pintura de Monet foi fundamental tanto para o estabelecimento do impressionismo quanto para a construção de um novo modo de pensar a pintura, que propunha uma relação direta entre o artista e os fenômenos luminosos do mundo visível.
Com isso em mente, o curso vai tratar da carreira e das obras de Claude Monet em quatro aulas, de modo a entender como elas se relacionam com as mudanças artísticas, econômicas e climáticas de sua época
Em quatro encontros, este curso propõe uma imersão na obra de Renata Felinto, explorando temas como femininos, negrismos, artivismos e historicidade. A partir do acervo do MASP, o curso dialoga com outras linguagens artísticas — como literatura, música e tradições vernaculares — e reflete sobre processos de vida, criação e permanência na arte. O curso convida à escuta e reflexão coletiva, abordando as potências das histórias afro-diaspóricas e suas subversões no campo artístico.
Em diálogo com a exposição Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos, este curso propõe um mergulho na história da arte têxtil no Ocidente, do Renascimento aos desdobramentos contemporâneos no Brasil e nas Américas. Ao longo de quatro encontros, serão exploradas as formas como artistas utilizaram técnicas têxteis para expressar tensões sociais, políticas e poéticas, com destaque para práticas ligadas à defesa de direitos e à proteção do meio ambiente. A atuação do Coletivo Nacional de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) será apresentada como exemplo potente do entrelaçamento entre arte e ativismo. A proposta é oferecer uma visão crítica e sensível da arte têxtil como linguagem de resistência e imaginação de futuros.
Esta aula magna, gratuita e aberta ao público, marca o início de uma nova série de cursos dedicados a discutir as relações entre arquitetura e arte na atualidade.
Tomando o nevoeiro como metáfora, a aula propõe refletir sobre as formas cada vez mais imateriais e difusas do mundo em que vivemos, presente nas fachadas translúcidas das cidades, nas obras de arte imersivas, nas nuvens digitais que armazenam nossos dados, na fumaça dos incêndios e queimadas, nos mecanismos invisíveis de vigilância e no funcionamento opaco do capital financeiro.
O encontro é uma oportunidade única para quem deseja mergulhar em debates contemporâneos sobre estética, espaço urbano e as transformações sensoriais e políticas do nosso tempo.
O curso propõe quatro encontros presenciais no MASP dedicados à observação de obras do acervo, com foco na análise de elementos formais da pintura e da escultura. Também serão discutidos os processos envolvidos na seleção, curadoria e expografia das obras, considerando como essas escolhas influenciam a relação entre público e acervo.As aulas expositivas terão início com uma introdução a alguns elementos da forma, como linha, cor, luz, espaço e composição. Depois disso, faremos alguns apontamentos sobre os processos necessários para que as obras cheguem ao público. Após as aulas expositivas, finalizaremos o percurso com uma imersão no Acervo em Transformação do MASP, tendo como objetivo sedimentar as discussões feitas nos encontros e possibilitar aos participantes um momento de reflexão acerca de sua fruição das obras neste processo.
O curso investiga os entrelaçamentos entre moda, arte e curadoria a partir da presença do vestuário no acervo do MASP, num recorte temporal que abrange mais de setenta anos de história, desde o início da década de 1950 até o mais recente projeto de moda realizado pelo museu, em 2024. Com base em pesquisas realizadas diretamente no acervo e no centro de pesquisa, bem como em estudos acadêmicos de autoras como Maria Claudia Bonadio, Patrícia Sant'Anna e Ana Júlia Melo Almeida, a proposta do curso é observar a roupa como linguagem e explorar as relações – muitas vezes políticas – que o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand historicamente mantém com o campo da moda. Em quatro encontros presenciais, vamos analisar diferentes documentos: fotografias, cartas, listas de convidados de desfiles, catálogos, recortes de jornais, peças de roupas. Abrir as gavetas da coleção do museu permite uma abordagem da história do vestuário no Brasil que olha para o papel dos museus na preservação da moda. Teremos a oportunidade de ver de perto algumas peças de roupa que fazem parte do acervo, selecionadas pelas professoras Carolina Casarin e Hanayrá Negreiros. Estarão presentes em sala de aula, por exemplo, o “Costume do ano 2045”, uma criação de Salvador Dalí, ou o vestido usado por Hebe Camargo na abertura de seu programa no SBT, todos os trajes sendo discutidos em sua potência estética, simbólica e histórica. O curso é direcionado para todas as pessoas que se interessam por moda, arte, design, museu e história do vestuário no Brasil.
A partir das obras selecionadas para a exposição A ecologia de Monet, no conjunto de quatro aulas temáticas discutiremos novas abordagens da produção do pintor francês Claude Monet (1840-1926), para além de sua visão como o “mestre do impressionismo”. Consideraremos sobretudo sua produção quando de seu estabelecimento no pequeno vilarejo rural de Giverny, depois do fim das ditas “Exposições impressionistas”, articulando-a a três aspectos: sua relação com a voga japonista que tomou conta da Europa dos anos 1870 em diante e sua coleção de estampas japonesas; sua relação com a pintura de paisagem britânica; sua projeção como “pintor nacional da França” e sua obra para o Musée de l’Orangérie.
Propomo-nos a tratar dessas questões por uma visada ecocrítica, problematizando a produção de Monet dentro dos debates sobre certa ideia de primitivismo, a percepção da paisagem dentro do processo de industrialização e urbanização da França e da Inglaterra no século 19, e o papel da pintura impressionista na construção da identidade da classe burguesa no período.
As aulas serão organizadas em duas partes: na primeira, apresentaremos a questão/tema proposto, para em seguida, analisarmos uma seleção de obras pertinentes à discussão dentro da exposição. Como a última aula ocorrerá depois do término da exposição, traremos outros materiais audiovisuais para trabalhar na segunda parte da aula.
O curso oferece uma nova perspectiva sobre as artes africanas, a partir da coleção do MASP e da exposição Artes da África. Em quatro encontros, será proposto um percurso que desconstrói visões coloniais e estereotipadas, analisando o acervo com foco nas trajetórias das peças, seus contextos de produção e as relações com o mercado de arte e os discursos museológicos. A cada aula, objetos revelam suas histórias ocultas, técnicas ancestrais e os diálogos entre África e diáspora.
A formação é indicada para quem deseja aprofundar seu conhecimento em curadoria, arte africana, história e decolonialidade. Ao final, o participante terá desenvolvido um olhar mais crítico, sensível e informado sobre as materialidades africanas e suas representações nos espaços expositivos.