Módulo 2
Aula 1 – 13.10.2025 | Arte e resistência nas ditaduras do Cone Sul
Examinaremos como artistas atuaram em contextos de repressão e censura nos anos de chumbo. O foco estará em práticas conceituais, clandestinas e coletivas que inventaram novas estratégias de resistência simbólica diante da violência de Estado.
Estudos de caso: Cecília Vicuña (Chile), Grupo CADA (Chile), Siluetazo (Argentina).
Aula 2 – 20.10.2025 | Fotografia e insubordinação: imagem como prova e denúncia
Como a fotografia operou de forma subterrânea para documentar realidades opressivas e construir repertórios de denúncia, prova e memória? A imagem fotográfica como instrumento de resistência e ferramenta na defesa da democracia.
Estudos de caso: Evandro Teixeira (Brasil), Asociación de Fotógrafos Independientes (Chile), Aurelio González (Uruguai).
Aula 3 – 27.10.2025 | Redemocratização: construir memória e refundar imaginários políticos
A redemocratização da região nos legou o desafio de lidar com os fantasmas do passado recente. Como artistas atuaram para elaborar, tensionar e visibilizar essas memórias? Analisaremos formas de pensar a arte como lugar de luto, denúncia e reinvenção da democracia.
Estudos de caso: Grupo de Arte Callejero (Argentina), Lucila Quieto (Argentina), Alfredo Jaar (Chile), Marcelo Brodsky (Argentina).
Aula 4 – 3.11.2025 | Democracia incompleta? Arquivos insurgentes e novos territórios de enunciação
Encerramos o curso discutindo práticas que buscam reescrever os arquivos da história a partir das margens. A arte aparece como gesto de reparação e construção de novas redes de pertencimento, memória e imaginação política em contextos de violência estrutural.
Estudos de caso: Archivo de la Memoria Trans Argentina, Museo Travesti del Perú (Giuseppe Campuzano, Peru), Zumví Arquivo Afro-Fotográfico (Brasil), AFI Woman (Chile).
Luise Malmaceda é pesquisadora e curadora, doutoranda em Culturas Latino-Americanas e Ibéricas na Columbia University (EUA), onde também atua como docente na área de estudos brasileiros. Sua pesquisa cruza os campos da cultura visual, teoria crítica e estudos da memória, com foco em práticas artísticas e arquivísticas insurgentes na América Latina desde os anos 1960. Foi pesquisadora visitante na Universidade do Chile (2024) e na Universidade de Buenos Aires (2025), onde integra o Grupo de Estudos em Arte, Cultura e Política na Argentina Recente. No segundo semestre de 2025, será pesquisadora no CeDInCI, em Buenos Aires. No Brasil, colaborou como pesquisadora, educadora e curadora em instituições como MAC-USP, Fundação Iberê Camargo e Instituto Tomie Ohtake, onde foi curadora associada entre 2016 e 2020. É coautora do livro AI-5 50 anos: ainda não terminou de acabar (2019), vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Artes/Ensaios.