MASP

Auguste Rodin

A eterna primavera, Sem data

  • Autor:
    Auguste Rodin
  • Dados biográficos:
    Paris, França, 1840-Meudon, França ,1917
  • Título:
    A eterna primavera
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Bronze
  • Dimensões:
    66 x 82 x 40 cm
  • Aquisição:
    Doação Francisco Pignatari e Nelita Alves de Lima, 1954
  • Designação:
    Escultura
  • Número de inventário:
    MASP.00091
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

TEXTOS



Rodin foi o primeiro escultor a testar as novidades que marcam a passagem entre escultura acadêmica e moderna, como: a abolição dos pedestais; a preferência por formas sugestivas, sem exata definição dos detalhes; a mescla entre áreas acabadas e brutas, visando obter nas superfícies efeitos de luz próximos aos da pintura impressionista. Após sua primeira viagem de estudos à Itália, em 1876, expôs a escultura L’Âge d’airain [A idade do bronze], que gerou um intenso debate nos jornais: pelo inédito e impressionante realismo da obra, o artista foi acusado de ter usado moldes retirados diretamente do corpo de um modelo-vivo. Em 1880, Rodin idealizou o conjunto de esculturas da Porta do inferno, inspirado pela Divina comédia de Dante Alighieri (1265-1321). A meditação (após 1897) deriva de uma figura criada para integrar o acabamento superior de tal obra. Foi sucessivamente reutilizada para o sepulcro do poeta Victor Hugo (1802-1885) e reelaborada em formato maior com o título de A voz interior. A peça do MASP é parte de uma série de doze réplicas em bronze realizada pela Fundição Alexis Rudier. A outra escultura, A eterna primavera, já foi chamada de Zéfiro (deus do vento oeste na mitologia grega) e de Cupido e Psiquê. Em razão do grande sucesso, a obra foi replicada em mármore e em bronze. Em 1898, Rodin vendeu as maquetes e os direitos de reprodução desta escultura à Fundição Ferdinand Barbedienne.

— Equipe curatorial MASP, 2017

Fonte: MASP: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: Instituto Cultural J. Safra, 2017. (Coleção museus brasileiros)




Por Luciano Migliaccio
A obra foi realizada em 1885, originalmente com o título Zéfiro, e ao ser exposta no Salon de 1897 Rodin mudou o título para Cupido e Psiquê. Em razão do grande sucesso, a obra foi reproduzida em mármore (Metropolitan Museum de Nova York) e posteriormente em bronze por Barbédienne, em cinqüenta exemplares entre 1898 e 1919. Aparentemente, a peça do Masp, A Eterna Primavera, não pertence a este grupo. Tanto a cópia em mármore quanto as versões em bronze diferem do original do Musée Rodin, no qual a perna e o braço da figura masculina estão apoiados numa extensão da rocha que forma a base.

— Luciano Migliaccio, 1998

Fonte: Luiz Marques (org.), Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: MASP, 1998. (reedição, 2008).



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