Por Eugênia Gorini Esmeraldo
Dona Tereza Cristina Maria de Bourbón nasceu em Nápoles, Itália, em 1822, e casou-se com o imperador do Brasil, Dom Pedro II, em maio de 1843, por procuração, em sua cidade natal. Só chegaria ao Rio de Janeiro em 3
de setembro daquele ano. O casal teve quatro filhos. Após a proclamação da República em 1889, a família imperial seguiu em banimento para Portugal, onde a imperatriz morreu na cidade do Porto, no mesmo ano. No
retrato
Dona Tereza Cristina, feito quando já tinha 42 anos, ela é vista de corpo inteiro, com vestido de gala de cetim branco, de corpo justo e saia ampla, bordado com fios ouro na barra e motivos vegetais, manto verde também rebordado, coroa,
colar e pulseiras. O excesso de ornamentos aliado ao cabelo em cachos, o rosto arredondado, de expressão séria, e a ênfase na roda do vestido conferem um certo peso à figura da soberana, que tem a mão direita sobre
uma mesa. Toda luz dirige-se para a imperatriz, mantendo na obscuridade o aposento austero com uma pesada cortina franjada e móveis dourados, revestido por um tapete florido.