Edifício Lina Bo Bardi
Curadoria: Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Mateus Nunes, curador assistente, MASP, com assistência de Isabela Ferreira Loures, assistente curatorial, MASP
O artista Jesús Soto (Ciudad Bolívar, Venezuela, 1923 – Paris, França, 2005) foi um dos nomes mais importantes da arte cinética, sendo um dos expoentes do modernismo latino-americano em um cenário global. Em suas obras, Soto introduziu a sensação de movimento e a participação do espectador, como em seus Penetráveis, além de incorporar fenômenos ópticos pela sobreposição de planos e transparências. Dissolvendo as fronteiras rígidas entre observador e obra, o artista contribuiu de maneira decisiva para o debate de questões teóricas que permanecem atuais, como as noções de imaterialidade, interação e virtualidade. A exposição destaca a produção de Soto entre o início da década de 1950 e o final dos anos 1980, período em que o artista se debruçou de modo mais experimental sobre as experiências ópticas, geométricas e interativas. A mostra conta com parcerias e empréstimos de renomadas coleções estadunidenses, francesas e brasileiras, incluindo obras históricas, trabalhos interativos e material arquivístico, e acontece mais de vinte anos depois da última exposição individual do artista em um museu brasileiro.