MASP

Albino Braz

Homem vestido com retrato na parede, Sem data

  • Autor:
    Albino Braz
  • Dados biográficos:
    Ferno, Itália, 1882-São Paulo, Brasil ,1950
  • Título:
    Homem vestido com retrato na parede
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Grafite e lápis de cor sobre papel
  • Dimensões:
    21,5 x 16 cm
  • Aquisição:
    Doação Dr. Osório César, 1974
  • Designação:
    Desenho
  • Número de inventário:
    MASP.04599
  • Créditos da fotografia:
    Romulo Fialdini

TEXTOS



Albino Braz é autor de 42 obras da coleção de desenhos doada ao MASP pelo Dr. Osório César (1895-1979), psiquiatra do Hospital Psiquiátrico do Juquery, criado em 1898, em Franco da Rocha. No MASP, esse conjunto foi originalmente chamado de “coleção de arte dos alienados”. Em 2015, essa nomenclatura foi revista e a coleção foi integralmente mostrada, pela primeira vez, na exposição Histórias da loucura: desenhos do Juquery. Desde então, passou a ser classificada como arte brasileira, sendo assim considerada em sua dimensão artística. Braz morou em Jaboticabal e foi internado no Juquery em 1934, onde viveu até a morte. Seus trabalhos foram apresentados em exposições como Art Brut (1949), organizada pelo artista Jean Dubuffet (1901-1985), em Paris, e na 16ª Bienal de São Paulo (1981). Na obra Homem vestido com retrato na parede, a cor da roupa e a delicadeza da pose do homem se repetem nos vasos, nos passarinhos e na flor que ele segura com os dedos levantados. Na parede, o círculo com moldura roxa mostra um busto feminino. Essa moldura circular, que lembra um espelho, também é representada em outros desenhos e parece sugerir que a figura seja, na verdade, reflexo de quem a olha.

— Equipe curatorial MASP, 2015

Fonte: Adriano Pedrosa (org.), MASP de bolso, São Paulo: MASP, 2020.




Por Equipe curatorial MASP
Nascido na Lombardia, na Itália, Albino Braz mudou-se para o Brasil em 1913, onde viveu até a morte. Seus desenhos em lápis sobre folhas de caderno representam figuras de mulheres e de homens, com uma musculatura robusta, e muitas vezes com seios e genitálias expostos. Eles aparecem acompanhados de animais, alguma peça de mobiliário ou mesmo situados sobre um pedestal. Suas obras se caracterizam por uma estilização das formas e dos volumes, a frontalidade da representação, a ausência de perspectiva e a escolha de não contextualizar as situações retratadas, situando estranhos indivíduos em um fundo preenchido com traços repetidos com lápis de cor. Apesar disso, um dinamismo se desprende desses desenhos cujos personagens adotam posturas que sugerem movimento e mesmo uma dança. É o caso da característica posição das pernas em Sem título (Homem vestido com retrato na parede), no qual um homem tem uma das pernas dobradas na altura do joelho que passa por trás da outra. O seu traje com muitos ornamentos e detalhes conferem ao sujeito uma aparência de dândi. Na parede, um busto de uma mulher inserido em uma moldura circular, que lembra um espelho, também é representada em outros desenhos e parece sugerir que a figura seja, na verdade, reflexo de quem a olha. Braz participou da exposição Art Brut organizada por Jean Dubuffet (1901-1985), na Galerie René Drouin em Paris, em 1949, e naquela ocasião foi denominado “inconnu de São Paulo” [desconhecido de São Paulo]. Albino Braz é autor de 42 obras da coleção de desenhos doada ao MASP pelo médico Osório César, do Hospital Psiquiátrico do Juquery, criado em 1898, onde foi internado.

— Equipe curatorial MASP, 2020

Fonte: Instagram @masp 20.04.2020



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