MASP

Sepp Baendereck

Índios Xavantes na Missão São Marcos, 1976

  • Autor:
    Sepp Baendereck
  • Dados biográficos:
    Iugoslávia, 1920-São Paulo, Brasil ,1988
  • Título:
    Índios Xavantes na Missão São Marcos
  • Data da obra:
    1976
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    200 x 150 x 4 cm
  • Aquisição:
    Doação do artista, 1976
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00708
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega

TEXTOS



Como tantos outros artistas e intelectuais, Sepp Baendereck abandonou a Europa devastada pela guerra e veio para as Américas em 1948. Quando chegou ao Brasil, seu trabalho era abstrato, mas logo transformou-se na sua chegada ao Brasil. Inicialmente, morou no Rio de Janeiro e trabalhou com desenho publicitário. Anos depois, em São Paulo, fundou uma das maiores agências de propaganda do país, a Denison, e a presidiu até 1977, quando decidiu dedicar-se exclusivamente à pintura. O artista participou de mostras importantes, como a 1ª Bienal de São Paulo em 1951. Baendereck realizou diversas viagens à Amazônia, e chegou a integrar uma expedição pelo rio Negro, junto com o artista Frans Krajcberg e o crítico francês Pierre Restany (1930-2003), que na ocasião escreveu o Manifesto do Naturalismo Integral, defendendo o maior contato entre arte e natureza. Anterior à expedição, a obra do MASP é um registro flagrante e controverso do avanço desenvolvimentista sobre o interior do Brasil. Na pintura, os homens Xavantes posam alegremente sobre um trator com ares de grandeza. O céu azul e limpo do cerrado do Mato Grosso, onde vivem os Xavantes, contrasta com os tons metalizados de vermelho e com a cor suja da roda do trator. Com a vista de baixo, a pintura parece elogiar ironicamente o avanço da máquina e sugerir uma relação perversamente harmoniosa entre os índios e a máquina no contato entre o “progresso” e os povos originários.

— Equipe curatorial MASP, 2017

Fonte: MASP: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: Instituto Cultural J. Safra, 2017. (Coleção museus brasileiros)



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