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Abdias Nascimento

Okê Oxóssi, 1970

  • Autor:
    Abdias Nascimento
  • Dados biográficos:
    Franca, São Paulo, Brasil, 1914-Rio de Janeiro, Brasil, 2011
  • Título:
    Okê Oxóssi
  • Data da obra:
    1970
  • Técnica:
    Acrílica sobre tela
  • Dimensões:
    90 x 60 cm
  • Aquisição:
    Doação Elisa Larkin Nascimento | IPEAFRO, no contexto da exposição Histórias afro-atlânticas, 2018
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.10811
  • Créditos da fotografia:
    MASP
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TEXTOS



Abdias Nascimento foi um artista, teatrólogo, pensador e ativista negro brasileiro. Atuou em vários campos, como a pintura, o teatro e a produção acadêmica. Foi também político, deputado federal e senador pelo estado do Rio de Janeiro, então um dos poucos negros a ocupar essa posição. Nascimento foi um pintor tardio, iniciando-se na prática quando completou 54 anos, em 1968; em seguida, exilou-se nos Estados Unidos. Sua produção é fundamental dentro de uma tradição da arte brasileira no século 20 de sintetizar elementos simbólicos e figurativos, muitas vezes por meio da geometrização. Em Okê Oxóssi (1970), o pintor usa o emblema de Oxóssi, o arco e flecha (que recebe o nome de Ofá), para recriar a bandeira do Brasil. Oxóssi é o orixá caçador, aquele que captura sua presa com uma flechada só, o guardião das matas e seus povos, a divindade da caça, da fartura e do alimento. Apontada para cima, a flecha aqui tem a cor vermelha e o eixo da bandeira é rotacionado para o sentido vertical. A expressão “Ordem e progresso”, associada à fundação da República em 1889, é substituída pela evocação a Oxóssi, “Okê okê okê okê”, simplificação de “Okê arô”, que significa “Salve o grande caçador”, entoado pelos filhos desse orixá. Tanto a evocação “Okê” como as estrelas, associadas aos estados brasileiros, aparecem quatro vezes, número ligado a Oxóssi. O círculo azul da bandeira nacional também é mantido, entrecortado por um semicírculo em azul mais escuro, usado como base para o desenho do Ofá.

— Adriano Pedrosa, diretor artístico, Guilherme Giufrida, curador assistente, Laura Cosendey, assistente curatorial, e Tomás Toledo, curador chefe, MASP, 2020

Fonte: Adriano Pedrosa (org.), MASP de bolso, São Paulo: MASP, 2020.




Por Catarina Duncan
Ao se falar de Abdias Nascimento é necessário pedir Agô. Isto é, reverenciar a luta dos povos da diáspora Africana, das revoluções quilombistas e a necessidade de uma prática anti-racista constante. Um dos mais importantes interlocutores do movimento negro no século 20, Nascimento atuou como poeta, dramaturgo, ator, professor, escritor, político, curador e artista, sendo também o fundador do Teatro experimental do Negro, o Movimento Negro Unificado e o Museu de Arte Negra. Em 1970, durante a ditadura militar, exilou-se nos Estados Unidos, onde desenvolveu sua prática por meio da pintura. Okê Oxóssi, obra que integra o acervo do MASP, foi pintada naquele período. Trata-se de uma peça em que a imagem da bandeira nacional brasileira recebe palavras e símbolos que reverenciam o orixá Oxóssi, entidade da nação Ketu, de origem Yorubá. Divindade da caça, protetor das matas e dos animais, Oxóssi é abundância; provedor, garante o alimento e a fartura. Na pintura, podemos ver um Ofá, um arco e flecha unidos, insígnia dos orixás caçadores e instrumento de Oxóssi— em Yorubá, Ofá significa "flecha". Como alternativa à frase "Ordem e Progresso", podemos ler na bandeira "Okê, Okê, Okê, Okê" que é a saudação ritual ao orixá. A sobreposição estratégica desses símbolos enuncia, como questões inseparáveis, ideologia política e ancestralidade. A arte é, portanto, utilizada por Abdias como plataforma de comunicação e ferramenta de luta, um instrumento transformador pelo qual podemos propor outras formas de existir. Okê Oxóssi manipula os sistemas vigentes propondo uma referência nacional ao povo preto, à resistência candomblecista e entrega a nação nas mãos de Oxóssi para que essa força seja reconhecida e cultuada, superando narrativas opressoras.

— Catarina Duncan, graduada em Culturas Visuais e História da Arte, Goldsmiths College, University of London, 2021

Fonte: Instagram @masp 23.04.2021




Por Amanda Carneiro
Trabalhar num museu é estar perto de um acervo, o que permite olhar com atenção para as obras de arte. No MASP, a mostra da coleção no segundo andar, o Acervo em transformação, está sempre mudando, e um dia fui surpreendida por três pinturas que eu já conhecia, mas que nunca tinha visto lado a lado: uma de Rubem Valentim, outra de Alfredo Volpi e uma terceira de Abdias do Nascimento. Vistos juntos, os três falam sobre a ideia de modernismos plurais, algo que se tem discutido muito recentemente, e sobre quem eram e são os artistas que ocupam os principais espaços nos museus e na história da arte. Volpi foi um artista branco, nascido na Itália, um dos grandes nomes da arte brasileira e do colecionismo do século 20, e pela primeira vez, ali no MASP, ele está cercado por esses dois artistas brasileiros negros geniais, pouco vistos, o Valentim e o Nascimento, que não por acaso só entraram muito recentemente no acervo, no contexto de Histórias afro-atlânticas, um marco na história da exposição. É interessante ver como a linguagem construtiva pode ser reapropriada e ressignificada, seja para representar fachadas e bandeiras ou símbolos afro-brasileiros. O trabalho curatorial reside nisso também, em provocar nosso olhar através desses encontros e associações. Para mim, como curadora negra, ou para qualquer pessoa independente do pertencimento racial, essa pluralidade é fundamental.

— Amanda Carneiro, curadora assistente, MASP, 2020

Fonte: Instagram @masp 04.04.2020



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