MASP

Pedro Américo

Paz e concórdia, 1895

  • Autor:
    Pedro Américo
  • Dados biográficos:
    Areias, Paraíba, Brasil, 1843-Florença, Itália ,1905
  • Título:
    Paz e concórdia
  • Data da obra:
    1895
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    43 x 60 x 2,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Alfredo Egydio de Souza Aranha, 1947
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00271
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

TEXTOS


Por Guilherme Giufrida
Pertencente ao acervo MASP, a obra Paz e concórdia, realizada em 1895 pelo pintor brasileiro Pedro Américo, é um esboço para a última obra monumental do artista, de 1902, comissionada pelo governo republicano de Prudente de Morais (1841-1902), segundo presidente do Brasil. Américo é considerado um dos principais nomes da pintura histórica na arte brasileira do século 19, além de também ter sido historiador, crítico de arte e político. Por um lado, a pintura do MASP explicita o discurso oficial do governo da época, que buscava forjar na proclamação da república uma imagem de ruptura ou revolução—quando, como se sabe, foi instaurada por um golpe; por outro, Américo distribui no quadro elementos que evidenciam os seus elos de continuidade conservadora com o passado por meio de uma série de alegorias. A Paz, como anjos brancos, e a Concórdia, em cortejo de artistas, saúdam o início da República, representada como uma mulher, e ainda o fim da escravidão, representado por um diabo morto ao chão. Os louros ao novo regime remetem a representações da coroação de Pedro I (1798-1834) e a estátua de dragão, símbolo dos Bragança, à família real do Brasil monárquico. Ao fundo, há ainda um grande edifício, dentro do qual encontra-se Independência ou morte!, exposto sob um arco evocando um triunfo militar.

— Guilherme Giufrida, curador assistente, 2021



Pesquise
no Acervo

Filtre sua busca