MASP

Gilbert Stuart

Sra. Franck Rolleston, 1785-92

  • Autor:
    Gilbert Stuart
  • Dados biográficos:
    North Kingstown, Estados Unidos, 1755-Boston, Estados Unidos ,1828
  • Título:
    Sra. Franck Rolleston
  • Data da obra:
    1785-92
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    76 x 63,5 x 2,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Severino Pereira, Companhia Cobrasil, 1951
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00207
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

TEXTOS



Mrs. Franck Rolleston trata-se de Jane Bagge, nascida em Lismore, County Waterford, na Irlanda. Que a obra seja anterior ao retorno de Stuart aos Estados Unidos, em 1792, parece indicá-lo o fato de que se encontrava em 1950 no mercado londrino. Embora pouco se tenha podido apurar sobre a retratada, sua segura nacionalidade irlandesa pode ser um indício de que o retrato date mais precisamente da estada irlandesa de Stuart, entre 1787 e 1792, anos de grande atividade do artista. Que a obra date, de qualquer maneira, dos anos 1785-1795 é o que indicam suas características de estilo, bem como os trajes da retratada. Ao confrontarem-se este retrato com o de Sarah Siddons e o de seu irmão, John Philip Kemble, ambos atores de grande reputação na Londres de 1785 (National Portrait Gallery) e ambos retratos seguramente deste decênio, verifica-se uma série de semelhanças. As três telas têm idênticas medidas. O ângulo da pose em três-quartos, o corte na cintura, a seleção de luzes no rosto e sobretudo a enorme gola do vestido em cetim são quase idênticas nos retratos de Jane Bagge e de Sarah Siddons. Observe-se ademais que este tipo de gola bufante estava seguramente na moda naquele decênio, não comparecendo em nenhum retrato anterior a 1785 e desaparecendo após 1795, para dar lugar a um outro modelo, totalmente diferente (McLanatahn 1986, pp. 49-56). Além disso, embora o retrato do Masp esteja em mau estado de conservação, é interessante notar que a fisionomia algo sonhadora e ausente da retratada, bem como a leveza extraordinária da pincelada e das veladuras, são mais características da fase inglesa de Stuart (e em parte da retratística inglesa dos anos 80), já que seu approach ulterior do retrato é de uma caracterização psicológica mais franca e de uma execução muito mais lisa e acabada. O retrato de Mrs. Perez Morton, de 1802, a única exceção a esta regra, é evidentemente inacabado (Worcester Art Museum).

— Autoria desconhecida, 1998

Fonte: Luiz Marques (org.), Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: MASP, 1998. (reedição, 2008).



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