A palestra de Paulo Tavares se baseia em projetos visuais, espaciais e curatoriais que lidam com a Terra. Ele explora o conceito provisório de “arquitetura da reparação”, entendido não como um tema, mas como uma forma de engajamento. Esse conceito não é um qualificativo, como no caso de “arquitetura social”, mas uma posição em relação à arquitetura enquanto conhecimento e prática. Assim, pode assumir diversas formas nos campos transdisciplinares onde a ação e o pensamento arquitetônicos se manifestam — do design à curadoria, do planejamento à publicação, da defesa de causas à construção.
Mediação: Bruna Fernanda
Assistente curatorial de Mediação e Programas Públicos, MASP
Palestrante: Paulo Tavares
Arquiteto
Organização: André Mesquita, Bruna Fernanda e Daniela Rodrigues
Produção: Daniela Lima
Paulo Tavares é arquiteto, autor e educador. Sua prática se dá nas fronteiras entre arquitetura, culturas visuais e advocacia. Operando através de múltiplas mídias, os projetos de Tavares foram apresentados em várias exposições e publicações, incluindo a Trienal de Arquitetura de Oslo, a Bienal de Design de Istambul, a Bienal de Arte de São Paulo, e a Bienal de Arquitetura de Veneza. Ele é autor de vários livros que questionam os legados coloniais da modernidade, incluindo Des-Habitat (2019), Lucio Costa era racista? (2022) e Derechos no-humanos (2022). O projeto curatorial Terra, em colaboração com Gabriela de Matos, recebeu o Leão de Ouro de melhor participação nacional na Bienal de Arquitetura da La Biennale di Venecia, em 2023, e Tavares foi selecionado pelo ArchDaily como uma das Melhores Práticas de Arquitetura em 2023. Tavares foi co-curador da Bienal de Arquitetura de Chicago de 2019 e fez parte do conselho curatorial consultivo da Bienal de Sharjah 2023. É professor da Universidade de Brasília e lidera a agência de advocacia espacial autônoma.