MASP

Uma história da arte no Brasil – de Tarsila a Bárbara

Horário
19H-21H
Duração do Módulo
ONLINE
15, 22, 29.6 e 6, 13.7.2020
SEGUNDAS
(5 aulas)
Investimento

Público geral
5x R$ 48,00
Amigo MASP
5x R$ 40,80
*valores parcelados no cartão de crédito

Professores
Luiza Interlenghi
O curso irá oferecer uma introdução à história da arte brasileira desde a Semana de 22 até a arte contemporânea, abordando como a arte no Brasil, com forte presença de mulheres artistas, abriu um caminho próprio capaz de reconfigurar o modernismo europeu e inaugurar poéticas que se mantêm como fortes referências para a arte contemporânea.

Em cinco aulas, serão apresentados conceitos gerais, traços do contexto sociocultural e obras de artistas como Tarsila do Amaral e Djanira; Waldemar Cordeiro e Franz Weissmann (movimentos construtivos); Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica (participação do espectador); Cildo Meireles (relações entre Arte e Política) e Barbara Wagner (anos 2000).

Exercitando o olhar e a reflexão sobre obras individuais e movimentos artísticos, discutirá as múltiplas visões da cultura implicadas em poéticas individuais dos artistas. Serão estudados textos de críticos e pensadores da arte como Mário de Andrade, Mário Pedrosa, Aracy Amaral, Anna Teresa Fabris, Rodrigo Naves, Gloria Ferreira. O curso permitirá observar a tensão entre a experimentação artística e as ideias de cultura implicadas nos trabalhos analisados, em busca de compreender como estes artistas afirmam linguagens próprias que dialogam com grandes questões da socioculturais, além de refletir sobre como contribuem para que se possa formar uma visão própria de mundo.
 

Planos de aulas

Aula 1 –  15.6.2020
O primeiro Modernismo Brasileiro (dos anos 1920 aos 40) 

A Semana de Arte Moderna de 1922, seus desdobramentos e contrapontos, até o final dos anos 40. No acervo do modernismo europeu na coleção do MASP, será observada referências importantes para este primeiro modernismo brasileiro. Serão analisados artistas como Di Cavalcanti, Rego Monteiro e Anita Malfati, assim como o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade e as ideias de Mário de Andrade sobre o “brasileiro”.Será destacada a obra de Tarsila do Amaral 

Aula 2 – 22.6.2020
Passagens do construtivo à arte/vida (décadas de 1950 e 60). 

O impacto dos movimentos construtivos brasileiros – o Concretismo e o Neoconcretismo – e seu legado para a década seguinte, com a participação do espectador e a exposição Nova Objetividade Brasileira. No contexto da internacionalização da sociedade brasileira, as primeiras Bienais de São Paulo, a abertura dos Museus de Arte Moderna e o protagonismo da crítica de arte. De modo ampliado, serão apresentadas obras de Waldemar Cordeiro, Willys de Castro, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Abraham Palatnik, Franz Weissmann. 

Aula 3 – 29.6.2020
Da Arte Política à antipolítica (décadas de 1970 e 80) 

Irá abordar as tensas relações entre Arte e Política na década de 70; as instalações, performances e intervenções na cidade. Já nos anos 80, marcados pela abertura política e por um sentimento de celebração e ampliação do mercado de arte, se destaca a virada em direção à pintura. Serão destacadas obras de Cildo Meireles, Antônio Manoel, Arthur Barrio; além de Nuno Ramos, Leonilson, Leda Catunda, Beatriz Milhazes.
 
Aula 4 – 6.7.2020
Arte sociedade, cidade e identidade (décadas de 90 e 2000) 

O renovado interesse pelos vínculos entre arte e sociedade, a crítica social e o desafio aos limites institucionais do próprio sistema da arte. Serão destacadas a obras de Rosângela Rennó, Rochelle Costi, Paula Trope, Mauro Restiffe.

Aula 5 – 13.7.2020
Poéticas contemporâneas – a incerteza e tudo que vimos antes (década 2010 -2020) 

Com o olhar ampliado pelos temas das aulas anteriores serão discutidas as possíveis relações entre a arte contemporânea e esta breve história da arte brasileira. Como alguns conceitos, passagens históricas ou temáticas da arte brasileira são enfrentados na produção contemporânea? Serão destacadas a obras de Barbara Wagner, Virginia de Medeiros, Renata Lucas, Maxwell Alexandre.

Coordenação

Luiza Interlenghi é doutora em história e crítica da arte pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA-UFRJ), mestre em Curatorial Studies pelo CCS-Bard College, New York e em História Social, com tese sobre as esculturas de Franz Weissmann, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), onde é professora de História da Arte. É curadora e autora de Thinking in Colour: Rhythm, Vertigo and Joy, Beatriz Milhazes—Blue River (White Cube Bermondsey, Londres); da Biografia Crítica em Milhazes (Taschen, 2018) e de Landscape, Garden, Studio: Almost Cinema, Lucia Laguna (Galerie Karsten-Greve, 2018).

Conferencistas